domingo, 20 de fevereiro de 2011

Não sei se o amor é para mim...

Minha história não tem nada de excepcional, mas vou contar aqui:

Até os 30 anos, sempre namorei homens, tive vários relacionamentos sérios e “galinhei” muito também, porém o dedo podre imperava nas minhas escolhas. 

Muitos tinham problemas com drogas, ou não gostavam de trabalhar ou eram cafajestes.

Quase me casei algumas vezes, mas quando pensava em ir em frente, não tinha coragem.

Nunca senti atração por mulheres até então. 

Existia uma curiosidade quando assistia algum filme em que havia sexo entre mulheres e sempre tive simpatia por gays. Até que um dia conheci a A*, que se dizia hétero, e tinha vários namorados no currículo..

Ela era 7 anos mais nova que eu. Fizemos uma amizade forte num curto espaço de tempo.  Um certo dia conversamos sobre homossexualidade e depois disso começou a rolar uma paquera velada entre a gente, trocamos e-mails calientes, mas quando estávamos cara a cara, não tínhamos coragem de falar nada.

Até que um dia, ela dormiu em casa pois iríamos viajar de madrugada e acabou rolando tudo e mais um pouco. Tudo isso, entre conhecer, amizade e paquera aconteceu num período de 1 mês.

Depois da nossa primeira vez, ficamos juntas por quase 3 anos. Ela já havia se relacionado com apenas uma mulher antes de mim.

A A* é uma ótima pessoa, linda por dentro e por fora.

Nossa relação foi conturbada, além de não sermos assumidas, logo nos primeiros meses de namoro, ela se mudou pra uma cidade que fica em torno de 3 horas de distância.

Sofremos muito por causa da distância. Mas nos víamos quase todos os fins de semanas. Sou muito ciumenta e possessiva, e era difícil ficar longe. Após muitas brigas, na maioria das vezes por causa dos meus surtos de ciúmes, acabamos terminando de vez. Fiquei arrasada, ela foi a pessoa que mais amei na vida e ela fala a mesma coisa de mim.

Hoje somos grandes amigas, mas nos vemos pouco, pois ela mora em outro país.


Passei quase um ano em depressão e com crise de identidade sexual. Mas depois de ficar com outros homens, vi que não era mais isso que queria para minha vida, e que gostava de mulher. Comecei a sair pras baladas gays, conhecer pessoas. Tive vários namoricos e paqueras, nenhum sério, continuava com o “dedo podre” nas escolhas.

Com 35 anos, conheci a F* numa balada, 11 anos mais nova que eu, acabamos engatando um relacionamento (sempre me relaciono com pessoas mais jovens, mas não é opção, simplesmente acontece). Nos apaixonamos, ela havia acabado de se formar, trabalhava, é uma pessoa batalhadora, mas.. sempre tem um mas...

Com 6 meses de namoro, descobri que ela me traía, tinha uma amante, uma mulher que trabalhava com ela. Fiquei arrasada, pois não imaginava que ela poderia fazer isso comigo, foram muitas mentiras. Mas depois de uma semana, ela implorou pra eu ficasse com ela e acabei voltando, apesar de sempre dizer que nunca aceitaria traições. Por amá-la, acabei aceitando, mas não perdoando.

Antes dessa descoberta, estávamos planejando morarmos juntas. Ela morava numa cidade ao lado da minha e o apartamento que eu tinha era lá também. Moramos juntas por 8 meses, mas em 5 meses nossa relação de amor já não existia mais. Não consegui conviver com o sentimento da traição. Sempre desconfiava de tudo que ela fazia e brigávamos muito.

Fiquei morando lá por mais 4 meses e resolvi voltar pra minha cidade pois me sentia muito sozinha. Em todo tempo que morei lá, me tornei muito caseira, não fiz amizades, não saia de casa.

Já faz quase 1 ano que estou sozinha, não tenho vontade de sair  e nem de conhecer novas pessoas. 


Sinto hoje que o amor não é pra mim, perdi as esperanças de encontrar alguém que realmente me entenda e me respeite. 


E a vida segue sem surpresas...

* Carla

11 comentários:

@anaPluz disse...

Nao acredito que podemos minimizar a dor de ninguém, mas podemos tentar encontrar outro ângulo de visao. O amor é um sentimento precioso e raro, que todos temos dentro de nós, mas nem todos o deixam aflorar, talvez por medo da rejeicao. A gente o constroi devagarinho ... e se inicia com o amor proprio e se segue com o amor ao proximo. Quem ama de verdade nao precisa acorrentar sua paixao, porque a sufoca. Todos somos, no fundo, um pouco egoistas, mas quando percebermos que todos nós necessitamos de nossa individualidade, nosso espaco proprio, entenderemos que a pessoa amada tambem precisa disso.
Nao sou dona da verdade, mas acredito que o amor esta diante dos seus olhos e no seu coracao - nao precisa sair à sua caça - e quando perceber isso, sentirá de verdade o mais delicioso dos sentimentos.
um forte abraco,
@anaPluz

Anônimo disse...

Obrigada, Ana. Quem sabe um dia realmente eu comece a me soltar novamente e me abra pra novas oportunidas. Bjs. *Carla

Anônimo disse...

Não perca a esperança de viver um AMOR VERDADEIRO...

Ele realmente existe, e quando a gente menos espera o AMOR toca nosso coração em sintonia com uma outra pessoa, e esse sentimento tão VERDADEIRO acontece... sem traições , enganos..e sim AMOR, ENTREGA, FELICIDADE.

Viva a sua vida, e deixe que o AMOR te encontre e te faça novamente ACREDITAR nessa força.

Pietra disse...

Tudo nesta vida tem um começo, meio e fim.
Mas não deixe de acreditar que ainda vai surgir um amor, que te respeite e te entenda, ok?

Boa sorte!

Anônimo disse...

Obrigada meninas pelo carinho. Minha vida ainda continua sem surpresas...Bjs. *Carla.

Nina LF disse...

*Carla,

me identifico com o que escreveu....so que agora a diferenca seria q vc seria a mais nova, uns 6 anos, se nao errei a conta.... Vc vai achar alguem legal.... mas tem q estar aberta e ATENTA.

Bjs

Nina LF

Janie... disse...

[...] trocamos e-mails calientes, mas quando estávamos cara a cara, não tínhamos coragem de falar nada [...] Isso sempre acontece comigo! SÓ UMA COISA: não tem sentido "forçar barra" para que algo aconteça; MAS: a oportunidade só dança com quem já está no salão... então... seja atenta aos detalhes!

Tudo de bom!

:)!

Anônimo disse...

Carla, é claro que este e mail que vou passar é fake....

Entra em contato cmg... Te espero viu!?

Beijo

Cmachadinha@hotmail.com

Anônimo disse...

sou uma lesbica de 17 anos que nunca beijou ninguem xato ne :-\:-\:-\

Anônimo disse...

Eu acho que o amor é pra todos sim,só que precisamos estar preparados para amar e ser amado,espero que seja feliz,ou esteja feliz já que este post tem um tempinho,e que encontre ou tenha encontrado alguém que te respeite,pois o respeito é a base de qualquer tipo de relacionamento, que você saiba reconhecer e que seja reciproco.Que o ano que se faz novo seja repleto de surpresas boas.um abraço pra você desconhecida rsrsr,FELICIDADES!Liliane.

Anônimo disse...

Olá Carla, eu e minha namorada temos uma página no Facebook onde postamos histórias reais. Podemos postar a sua?? Curta nossa página
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