Não é bem uma história, mas uma reflexão que já faz alguns anos que venho fazendo...
Quando primeiro descobri que era lésbica, senti o maior de todos os medos que tinha sentido até ali. Neguei até onde pude, jurei nunca "colocar em prática" minha homossexualidade, mesmo que vivesse sempre sozinha.
E, acima de tudo, vivia com medo e me achando a maior pecadora do mundo (minha família é toda católica).
Hoje, sou casada com a mulher que amo e se há algo que eu diria para alguém que ainde tem medo é que não conseguimos ser a pessoa que estamos destinadas a ser, sozinha.
Precisamos de amigos, precisamos de anjos ao longo do caminho, precisamos buscar tudo e qualquer coisa que nos ajude. Não dá para lutar contra um mundo tão preconceituoso só.
Eu hoje vivo em paz. Minha mãe me apóia à maneira dela. Meu pai não toca no assunto, acho que até hoje ele não aceita, mas paciência. Isso é um fardo dele: foi ele quem infelizmente ainda não encontrou sua paz.
Mas acho que o mais importante é que a gente sobrevive. A gente acha que não, mas a gente sobrevive e se fortalece e aprende a se achar tão normal que tem um dia que a gente acha é estranho alguém não nos aceitar porque somos homossexuais. rs
O mais importante é deixar toda e qualquer culpa de lado: já viu alguém ter que pedir desculpas porque tem esse ou aquele tipo de cabelo, ou cor, ou olhos, ou personalidade?
Tenho 35 anos e hoje posso dizer: é absolutamente ótimo ser quem eu sou!
* Josy - 35 anos - Lésbica
Minas Gerais
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2 comentários:
Concordo plenamente com você... Não há nada melhor do que dormir coladinha, viajar em muito boa companhia, ter alguém para te acarinhar... Ter alguém ao lado é compartilhar momentos grandiosos e permeados de amor...
Com ctz nao tem coisa melhor que amar uma pessoa e viver com ela os melhores momentos possíveis. Eu fico mto feliz com sua história, e espero tbm que em breve minha paz venha e fique...
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